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LONTRA BAR

Casa Noturna

Ano: 2018

Local:  Florianópolis/ SC 



Área: Térreo 82,70m²

Primeiro Pavimento 352,35m²

Área Externa 27,25m²

Área Total Projetada: 462,30m².
 

Reforma e Ampliação de Danceteria em Florianópolis

Em 2018, Florianópolis recebeu um novo fôlego em sua cena noturna com a renovação do Lontra Bar, uma danceteria localizada no coração de Florianópolis, próximo à Avenida Beira-Mar Norte. O projeto marcou uma fase especial na trajetória da arquiteta Marjorie Litza, sendo um dos primeiros trabalhos autorais desenvolvidos em arquitetura comercial gastronômica, logo no início de sua atuação como arquiteta autônoma.


O desafio partiu de uma necessidade dupla: reformar o pavimento térreo existente, sem que a operação fosse interrompida, e criar um novo pavimento superior, ampliando a capacidade e a diversidade de ambientes do bar.

Estratégia de projeto e execução

O térreo já funcionava como danceteria, com palco para shows e espaço para DJ. Para atender à solicitação do cliente de manter a casa em funcionamento, a reforma foi cuidadosamente planejada: materiais foram produzidos e pré-montados externamente, de forma que as instalações ocorressem apenas nos dias em que a casa permanecia fechada.


No pavimento superior, a intervenção foi mais ampla: houve a adaptação completa da infraestrutura, reorganização dos ambientes e a ampliação de uma varanda, que deu origem a um deck externo, transformando a fachada e oferecendo uma nova experiência ao público.

Identidade e atmosfera

Na danceteria do térreo, a proposta foi renovar sem perder a essência. Optou-se por manter o conceito industrial já existente, mas com maior fluidez espacial. Elementos em arco foram introduzidos para suavizar as linhas e criar um diálogo com a linguagem do bar. Mesas de apoio foram confeccionadas a partir de peças reaproveitadas; grades foram reutilizadas em novos usos; e a estrutura do teto recebeu plantas suspensas, trazendo frescor e vitalidade.


A área de reservas ganhou bancos de concreto revestidos em granitina, transmitindo robustez e permanência. As tonalidades escolhidas priorizaram a sobriedade, refletindo o novo momento da casa. Já a recepção recebeu texturas e cores quentes, além de uma parede de iluminação criada a partir de luminárias reaproveitadas do antigo salão.


No pavimento superior, o ambiente foi concebido para ser mais leve e descontraído que o térreo. O espaço funcionava como bar e área de refeições, além de ser uma zona dedicada ao uso de narguilé. Essa configuração favorecia conversas e encontros mais intimistas, em contraponto à energia intensa da pista de dança.


Outro elemento de linguagem unificava os dois andares: o ripado de madeira iluminado, que estabelecia contraste com os materiais industriais brutos e conferia identidade à marca do espaço.

Soluções estruturais e funcionais

A ampliação da varanda foi um dos pontos mais complexos do projeto. Sua execução exigiu o uso de estrutura metálica sobre um telhado existente, que não poderia ser alterado. Além de resolver a carência de área destinada a fumantes, o deck externo tornou-se um dos espaços mais agradáveis do bar, com forte presença na fachada.


O mobiliário do andar superior foi projetado para oferecer maior conforto e permanência, convidando os clientes a prolongarem sua estadia no espaço. Assim, a operação da casa passou a integrar dois ambientes complementares: a intensidade da pista no térreo e a convivência mais descontraída no pavimento superior. 

O projeto do Lontra Bar demonstrou como a arquitetura pode unir estratégia, estética e funcionalidade em um contexto de forte limitação operacional. Ao transformar a danceteria em um espaço multifacetado – capaz de abrigar pequenos shows, encontros, refeições e momentos de descontração – a obra consolidou um novo capítulo na vida noturna de Florianópolis.


Para a arquiteta, foi também um marco: a oportunidade de experimentar soluções criativas em um projeto com complexidades, reafirmando desde cedo a sua vocação para desenvolver arquitetura gastronômica com identidade, técnica e emoção.

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