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PENELA

Gastronomia 

Ano: 2024

Local: Curitiba/ PR



Área: Térreo 197,00², 

Ático 52,00m², 

Área Externa 250,00m². 

Área Total Projetada: 499,00m²
 

Duas operações em um só espaço

O Restaurante Panela nasceu com um desafio instigante: operar em duas frentes distintas, mas complementares. Durante o almoço, funciona como um restaurante self-service por quilo, garantindo agilidade, fluxo intenso e tíquete médio mais elevado. Já nos outros períodos do dia, assume a forma de uma cafeteria artesanal, com vitrine de doces e pães, cafés especiais e atendimento mais personalizado.


Localizado em um bairro misto de Curitiba, rodeado por prédios residenciais e corporativos, o projeto foi pensado para dialogar tanto com o público que busca praticidade no meio da semana quanto com os moradores da região que, nos finais de semana, valorizam encontros mais tranquilos.

A força da operação híbrida

 A decisão de unir self-service e cafeteria no mesmo endereço não foi apenas estratégica — foi também arquitetônica. A dualidade trouxe vantagens claras:


  • Maximização do espaço físico: um único imóvel atende dois públicos diferentes ao longo do dia.
  • Rentabilidade ampliada: grande movimento no almoço e ocupação constante no restante do dia.
  • Otimização de equipe e equipamentos: caixa, cozinha, balcão e mobiliário são compartilhados.
  • Complementaridade de públicos: o cliente que almoça pode voltar mais tarde para um café.
  • Identidade de marca versátil: praticidade no buffet, experiência sensorial na cafeteria.


Para que essa união funcionasse de fato, o projeto arquitetônico cuidou de cada detalhe: desde a definição do fluxo de atendimento até a criação de um layout flexível, capaz de transformar a percepção do espaço ao longo do dia sem perder unidade estética.

Ocupação: Um imóvel, múltiplas vocações

O terreno abrigava uma antiga casa frontal com sótão, uma edificação posterior térrea e um jardim entre as duas construções. O espaço, charmoso mas limitado, exigia soluções inteligentes.

A área posterior foi destinada à cozinha e serviços, liberando a casa frontal para o salão principal. O jardim intermediário transformou-se em um salão externo acolhedor, integrado à experiência do restaurante, mas preservando a logística de circulação de serviços com um muro de separação visual.


Logo na entrada, posicionamos o balcão da cafeteria, que também funciona como caixa do restaurante. Criamos um eixo de circulação circular, garantindo fluidez no percurso do cliente, mesmo mantendo as paredes estruturais da antiga casa. As aberturas pontuais integram os ambientes sem descaracterizar sua linguagem arquitetônica.


O buffet por quilo foi estrategicamente colocado próximo à cozinha, conectado por um corredor de serviços coberto por vidro — solução que preserva a funcionalidade sem comprometer a estética no atendimento externo.

Ambientação e experiência contínua

O espaço foi pensado para acompanhar os diferentes ritmos do dia.


  • No almoço, o cliente percorre um fluxo linear: entrada → buffet → caixa → mesas.
  • Na cafeteria, o balcão assume protagonismo, convidando à permanência mais lenta e pessoal.


A comunicação visual e os aromas complementam essa transição: quem almoça é impactado pelo cheiro do café fresco e dos pães expostos, sendo naturalmente convidado a retornar em outro momento.


A área externa, integrada ao jardim, oferece um espaço de respiro, perfeito tanto para refeições rápidas ao meio-dia quanto para encontros descontraídos no final da tarde.

Conceito: aconchego com memória afetiva

Desde a primeira visita, ficou claro que a casa tinha alma própria. Seu charme, sua escala acolhedora e sua originalidade pediam respeito. O cliente, que possuía diversos objetos e luminárias antigas de família, trouxe a peça que faltava: um elo afetivo.


A partir disso, o conceito nasceu como uma fusão de naturalismo e nostalgia, criando um espaço que traduzisse modernidade operacional sem perder o calor da memória afetiva.


As sensações a transmitir eram claras:


  • Aconchego e proximidade: valorizando o feito à mão e os ingredientes frescos.
  • Tradição reinterpretada: contemporâneo na operação, mas carregado de referências artesanais e nostálgicas.
  • Sustentabilidade e consciência: materiais naturais e soluções simples.
  • Autenticidade artesanal: cada detalhe carrega história.
  • Versatilidade: pronto para se transformar ao longo do dia sem perder identidade.

A materialidade que conta histórias

 Para traduzir o conceito em espaço físico, optamos por:


  • Tons neutros e terrosos (areia, bege, madeira clara), transmitindo calma e sofisticação simples.
  • Materiais naturais como madeira, fibras, cerâmica e texturas, que reforçam rusticidade e aconchego.
  • Iluminação difusa e pontual, mesclando spots para funcionalidade e clareza no almoço, com luminárias antigas dos anos 50 — peças herdadas da família — para aconchego no café.
  • Formas suaves e orgânicas, como arcos, estantes embutidas e bancadas com madeira.
  • Objetos afetivos reinventados: uma base de máquina de costura virou aparador de café; um baú tornou-se mesa de apoio; uma máquina de escrever antiga ganhou lugar de destaque na decoração...


Esses elementos não apenas decoram, mas criam uma narrativa de autenticidade, transformando a experiência do cliente em algo memorável.

Resultado: um espaço vivo, com alma e estratégia

 O Restaurante Panela é mais do que um restaurante com duas operações: é um espaço que respira autenticidade e inteligência de marca.


Combinando arquitetura gastronômica, memória afetiva e estratégia de negócio, o projeto garante:


  • Rentabilidade ampliada com uso contínuo do imóvel.
  • Fidelização ao transformar clientes ocasionais em frequentadores regulares.
  • Identidade de marca única, que se diferencia na região pelo equilíbrio entre praticidade e experiência.


É um espaço que une o charme de uma casa antiga ao dinamismo de uma operação contemporânea, traduzindo arquitetura em história, estratégia e pertencimento.

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